ESPANHÓIS CONVIDADOS SUBIRAM MUITO O NÍVEL DA COMPETIÇÃO NO JAMOR
André Neres e Rafaela Bastos revalidam títulos nacionais de Dificuldade
Os campeões nacionais em título não deixaram os créditos por mãos alheias, embora tenham cedido (por pouco) aos homólogos espanhóis que regressaram a casa com boa opinião da organização nacional
André Neres e Rafaela Bastos revalidaram hoje, no Jamor, os títulos nacionais de Dificuldade numa competição com perfume espanhol.
De facto, André Neres foi superado (pela primeira vez em muito tempo numa competição em Portugal) pelo campeão nacional espanhol Javier Cano que, todavia, só venceu o campeoníssimo luso num desempate por tempo. O terceiro classificado foi outro espanhol, Pablo Calaveras, jovem de 18 anos que é uma grande esperança da escalada do país vizinho.
Desfecho semelhante ao da competição feminina em que Rafaela Bastos foi batida no relógio pela espanhola Maria Paredes. O terceiro posto coube a Madalena Casanova.
André Neres não escondeu alguma amargura por não ter ganho a prova, apesar da conquista de mais um título: “Fiquei contente pela prova, que foi espetacular e satisfeito pela competição cerrada. Obviamente, preferia ter ganho e fico um pouco frustrado por ter sido batido por tempo numa prova que se quer de dificuldade e não de velocidade. Teria sido mais bonito sido vencido pela dificuldade. Globalmente, muito satisfeito pela adesão, pelas vias de grande qualidade e pela satisfação do público.”
Na competição feminina, Rafaela Bastos também fez eco do tom “amargo e doce” de André Neres: “A prova correu muito bem, se bem que na final acabou por ser uma prova de velocidade. As vias deviam estar um pouco mais difíceis. Mas sim, correu muito bem e espero que haja mais e ainda melhor para o ano”
Pela Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal, (FCMP) o vice-presidente Carlos Teixeira congratulou-se pela adesão e nível da prova: “Tenho acompanhado a evolução destas provas e esta teve um nível mais elevado que as anteriores, não só pela presença dos atletas espanhóis, mas também porque o patamar exibicional de todos os participantes foi superior. Mostra que o trabalho da Federação tem dado frutos, embora sublinhe que isto é uma maratona e não um ‘sprint’. Continuamos a trabalhar para o desenvolvimento da escalada.”